Não substituição de Almeida Henriques é "inconcebível"

O PS considerou hoje que a saída do secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques, do Governo e a sua não substituição é "inconcebível" e "uma originalidade" que levanta interrogações sobre a necessidade do seu cargo.
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Numa declaração aos jornalistas no Parlamento, o deputado socialista Mota Andrade vincou que Almeida Henriques tinha a tutela dos fundos comunitários e a responsabilidade "de fazer a negociação do próximo quadro comunitário a partir de 2014".

"Isto é inconcebível, é uma originalidade do Governo, que todos os dias nos surpreende, e tem a cobertura do primeiro-ministro, é próprio de um Governo em decomposição", criticou.

Almeida Henriques vai deixar o Governo para se candidatar à Câmara Municipal de Viseu, mantendo-se em funções até dia 15 de maio, a pedido de Pedro Passo Coelhos "para terminar dossiês".

Numa nota, o primeiro-ministro disse que proporá oportunamente ao Presidente da República a exoneração de Almeida Henriques do cargo de secretário de Estado e que não o substituirá.

Para o vice-presidente da bancada do PS, a não substituição de Almeida Henriques "é de uma enorme gravidade, porque não se trata de um secretário de Estado qualquer".

"Trata-se do secretário de Estado da Economia e que tem a tutela dos fundos comunitários, num momento aliás em que a nossa economia tantas dificuldades atravessa é inacreditável que isto possa suceder", afirmou.

"O que os portugueses perguntarão se o secretário de Estado Almeida Henriques não necessita de ser substituído é o porquê de ter sido secretário de Estado dois anos e continuar mais um mês e meio", acrescentou Mota Andrade.

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